domingo, 18 de novembro de 2012

Digital Love.

Este texto não vai ter muito a ver com o título, mas se a pessoa em questão ler este texto (que eu duvido), saberá do que estou a falar.
Eu tinha um amigo, bem... o meu melhor amigo, e nós tínhamos uma história peculiar. Ele tinha sido "contratado" para me incomodar e para que depois pudessem vir "salvar-me" todos armados em heróis. Na altura quando soube o seu nome, até pensei que estivesse a gozar comigo e que não quisesse apenas dizer-me o seu verdadeiro nome, ahah...
Falámos pouco mais de duas horas nesse dia e depois desapareceu completamente da minha vida. Uns meses mais tarde, depois de passar por uns tempos complicados, recebi uma mensagem desse tal "amigo". Ao inicio fui rude, pensava que ia falar-me como da primeira vez e então tentei afugentá-lo. Só mais tarde percebi que a ideia era sermos amigos e mais nada.
Foi uma boa amizade, nunca tendo passado disso. Olhávamos-nos como bons amigos e nenhuma parte queria mais do que aquilo. Um dia chegaram as palavras "melhor amiga". Não soube bem o que dizer na altura, pois sempre tivera más experiências com melhores amigos tanto rapazes como raparigas.
As coisas correram normais, mas olhando para trás seu que tive más atitudes. Pus a minha relação à frente desta amizade, mas isso é algo que não me arrependo por motivos muito claros, mas que farão parte de histórias diferentes. Acho que a falta de compreensão nisto foi algo que arruinou muito as coisas. Nunca fui forçada a fazê-lo, foi uma opção. Não fui só eu a ter más atitudes e foi também isso que pôs um fim nessa amizade e agora, analisando a nossa última conversa, posso verificar que não fui a única a ter culpa.
Agora mentalmente, utilizo o exemplo de como esta amizade acabou cada vez que conheço uma pessoa nova.
O fim da nossa amizade foi uma estúpidez da parte de ambos e acho que no fundo sabemos disso.
O que se pode fazer?
"Anger is a feeling that makes your mouth faster than your mind."

imagens em : we heart it e google imagens
música : Daft Punk - Digital Love

terça-feira, 25 de setembro de 2012

All the memories.


Uma memória, uma recordação que guardamos no passado e que fazemos tudo para nos agarrar-mos a ela. Desde promessas, a momentos negativos ou positivos. Uma memória de um cheiro, uma memória de um som. Tudo isto faz parte da nossa mente. Um sítio especial, uma pessoa especial, um assunto ou até uma imagem que pode falar mais do que qualquer palavra apenas pelo seu significado dentro de nós.
Posso dizer que a minha memória mais estranha e mais antiga vai até aos tempos da infância. Lembro-me de a minha mãe me cantar uma música de uma telenovela muito popular na altura. Devia ter menos de 3 anos e lembro-me do som, não sei como, mas lembro-me (fica aqui o link da música: Fábio Jr. - Cabecinha no ombro). de certo que todos temos memórias que não conseguimos explicar, mas que tentamos ao máximo.
Todas as memórias são memórias especiais de qualquer maneira e há algo que gostava de partilhar...
Este verão perdi um familiar e guardo muitas boas memórias dessa pessoa. De todas as vezes que passava semanas com essa pessoa no verão, quando a ajudava a cozinhar e a cuidar da casa. Lembro-me de ser pequena e de ela ser quase a minha melhor amiga, tudo o que acontecia comigo ela sabia, tudo o que eu gostava ela sabia. Apesar de ter muitas saudades e não ser particularmente religiosa ou algo que se pareça, guardo muitas boas memórias e gosto de pensar para mim que está num lugar melhor.
De certo que muitas pessoas já passaram por o mesmo, mas para mim foi a primeira vez. Acho que todos vamos passar por isso um dia, todos vamos perder alguém que amamos e acho que devemos guardar memórias positivas e de bons momentos. De quando essas pessoas estavam sempre presentes na nossa vida mesmo que com mais ou menos frequência.
Mudando de assunto.
Este blog é para todas as memórias que acho que todos temos e para alguns textos de tema aleatório, mesmo que não se relacionem muito com o tema.
Acho que sobre memórias temos que falar na primeira pessoa e não sobre os outros, porque nós nunca conhecemos realmente todas as recordações de outra pessoa, apenas as nossas. As memórias são algo que só têm significado para uma pessoa ou para um certo grupo de pessoas que passaram por momentos ou por outras coisas que as deixaram.

imagens em: We Heart It

sábado, 9 de junho de 2012

Equipa.


Há muitas coisas que gostaria de dizer a todos, mas infelizmente quando falo as coisas nunca saem tão bem, pelo que prefiro escrever e por isto aqui para que todos possam ver. Sei que sou fechada e por vezes difícil, mas acho que este ano com tudo o que se passou dentro e fora de campo soube, à minha maneira, lidar com tudo e crescer. O ano não foi fácil e apesar de talvez não ter passado muito essa imagem, os treinos eram o que mais me ajudava a pôr tudo de lado e enfrentar tudo de cabeça erguida. Seria egoísta da minha parte dizer que sou vitima, porque sei que há pessoas que passam por muitas mais dificuldades do que eu, mas mesmo assim, penso que devo a todos um grande agradecimento. Tanto à equipa técnica como às minhas colegas, quero agradecer por me terem aturado e ajudado este ano.
“All kids need is a little help, a little hope and somebody who believes in them.” – Magic Johnson.
Acho que este foi o papel de ambos os treinadores e penso que não sou a única a chegar a esta conclusão. Penso que todas nós admitimos, mesmo que não o digamos, que os treinadores fazem diferença dentro e fora do campo. Fazem diferença nas nossas vidas, na nossa formação tanto como atletas como em nas mulheres que vamos ser no futuro. Porque na derrota na vitória, quer tenham sido sermões em desespero ou raiva, quer tenham sido em gritos de vitória, fomos uma equipa. Fomos um grupo unido e por certas ocasiões, proporciona-mos a quem nos apoiou, momentos de excitação, de alegria, mas como não podia deixar de ser, tivemos momentos de pura desilusão, tristeza, entre outras coisas.
Custa-me pensar que toda a união que criámos nestes meses vai acabar em segundos, mas as coisas boas podem partir, mas saberão sempre o caminho para regressar a “casa”. Porque sei que o melhor talvez ainda esteja para vir e daqui a 2 anos quem sabe o caminho deste grupo vai voltar a cruzar-se. Todas teremos boas e más recordações deste ano que passou e cada um desses momentos vai deixar saudade nos nossos corações.

Esta noite e no nosso último jogo, vi lágrimas. Vi nostalgia e uma saudade antecipada. No jogo vi uma má despedida e um desejo de dar mais aos treinadores e a todas as pessoas que nos estavam a ver e que fizeram uma longa viagem. Mas tudo isto mais para dizer que apesar de ter também chorado, acho que não devíamos ter chorado. Ninguém morreu, ninguém se foi embora, as coisas apenas mudaram e vamos ter que saber lidar com essa mudança. Vamos continuar a ter oportunidades de estarmos juntas mesmo que não sejam tantas vezes como estamos habituadas. Agora é uma questão de tempo até voltarmos a estar todas juntas outra vez, com o grupo do costume, com as emoções e lutas do costume. Porque mesmo que as nossas cabeças e corpos mudem, os laços criados ao longo deste tempo vão permanecer dentro dos nossos corações. E desta vez falo por mim, porque não sei se todas pensamos assim, mas no fim do ano posso dizer que parte do que sou agora, devo muito à minha equipa mesmo que muitas vezes não o saiba retribuir.

Não me queria pôr com muitas lamechices porque não quero ser demasiado emocional nem nada disso. Quero apenas deixar o meu ponto de vista de tudo com esta mensagem e desde já um pedido de desculpas por não saber como dizer tudo isto por palavras e em frente de todos, como desejava fazer.
Um grande agradecimento a todas e como já me disseram muitas vezes, esta separação não vai ser um adeus, mas sim um até já.